sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Apresentação de novos voluntários do Morhan de Italva


No dia 18 de fevereiro de 2010, quinta-feira, foi apresentado três novos nomes para a composição do Núcleo Morhan de Italva, com a presença da fundadora do núcleo Luciene Braz. Ronaldo Lima, para coordenador geral, Giliane Correa, para 1º secretaria e Gilismar Correa, como 1º tesoureiro, esses e mais cinco voluntários irão compôr a nova diretoria do Núcleo de Italva. Mediante a aprovação da fundadora, será feita agora uma reunião com a presença de todos os voluntários para a nova abertura de Ata e definição dos cargos restantes. Como vice-coordenador ficou o Senhor Geraldo Lima (conhecido popularmente como Geraldão), a próxima reunião ainda não tem data definida, porém os travalhos não para por aí, a nova equipe estar com sede de trabalho e o município precisa de um núcleo atuante e voluntários que se doem para ajudar o próximo.
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Hanseníase e a Fé mediante a cura


A lepra (ou hanseníase ou mal de Hansen, do nome de Gerhard Hansen, que identificou o agente da doença) é uma moléstia infecciosa crônica. A transmissão se dá de indivíduo para indivíduo, por germes eliminados por gotículas da fala e que são inalados por outras pessoas penetrando o organismo pela mucosa do nariz. Outra possibilidade é o contato direto com a pele através de feridas de doentes. A Bíblia é uma fonte de confusão quanto à existência da Hanseníase entre os judeus na época do êxodo. O termo “tsaraath”, no hebraico, significava uma condição anormal da pele dos indivíduos ,das roupas, ou das casas, que necessitava de purificação. Segundo o Livro Sagrado, o “tsaraath”na pele dos judeus seriam “manchas brancas deprimidas em que os pelos também se tornavam brancos”. Na tradução grega, a palavra “tsaraath”foi traduzida como lepra e “lepros”em grego, significa “algo que descama”.A palavra lepra também foi usada pelos gregos para designar doenças escamosas do tipo da Psoríase. A Hanseníase mesmo, eles chamavam de Elefantíase.

Em suma, nem sempre os que foram curados eram Hansenianos. Esse tipo de doença atingia qualquer um, independente de classe social, raça ou credo.

Como qualquer doença ela tem seu principal foco no espírito adoecido com certeza. A própria ciência já constatou que, a maioria das doenças são psicossomáticas, ou seja, derivadas da mente, da alma, do espírito e, dessa forma, se manifestando através de algum tipo de doença ou mal físico.

Já foi comprovado também que a fé pode melhorar um quadro clínico pois, através da força do pensamento, o indivíduo libera neuro-transmissores responsáveis pela função de acelerar o processo de cura. Sob o aspecto da conduta imprória, todos nós, sem excessão, temos nossas pequenas ou grandes mazelas, oriundas das nossas imperfeições...nossas alergias, nossa baixa imunidade, nossas doenças que vem e vão...tudo está ligado ao nosso espírito ainda profundamente impuro... e, através dos males físicos e do sofrimento, é que trilhamos o caminho da depuração espiritual...ninguém está isento de contrair uma doença se ela for a necessidade de seu aprendizado.Essa é a Postura de Deus, que é um Pai Justo, Bom e acima de tudo um Grande Educador!
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Conheça a Casa de Bacurau

História


A idéia de organizar os pertences e a obra de Bacurau foi do historiador Daniel Klein, em 2003, ao buscar fontes para a biografia que escreveu sobre este importante líder acreano. Percebeu que o valor histórico dos documentos e registros transcenderia ao próprio livro. Além disso, boa parte do material que usou como fonte estava deteriorado, algo precisava ser feito para preservá-lo.

Com o aval da esposa de Bacurau, Tereza Prudêncio, e o apoio da Fundação Elias Mansour, uma equipe do Patrimônio Histórico do Acre recuperou e catalogou os documentos levantados por Klein. Para acondicioná-los foi criada a Sala Memória Bacurau na casa onde viveu, em Rio Branco.

Da idéia inicial à inauguração do memorial foram dois anos de trabalho intenso. O desenho da planta, a construção do espaço, a identificação e a classificação dos itens, tudo foi realizado com poucos recursos e muito esforço.


Inauguração


Em 2005, ano em que Bacurau faria 66 anos, foi inaugurada a sua Sala Memória. Na inauguração estavam presentes o cantor Ney Matogrosso (voluntário do Morhan), o governador do Acre Jorge Viana, o senador Tião Viana e vários amigos de Bacurau que acompanharam de perto sua história.

O acervo da Sala Memória é composto de manuscritos, fotografias, recortes de jornais, livros, móveis, roupas e medalhas conferidas a ele durante sua militância pela eliminação da hanseníase e do preconceito.

Aberto à visitação pública, o espaço fica na antiga residência de Bacurau, propriedade de sua esposa Tereza Prudêncio que ainda reside no local.

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Canal Saúde exibe debate sobre hanseníase - 04/02/2010

O "Sala de Convidados", do Canal Saúde / Fiocruz, de amanhã, sexta (5) às 13h, vai debater a hanseníase. Para falar sobre o tema, estarão no estúdio a coordenadora do Programa Nacional de Controle da Hanseníase Maria Grossi, o coordenador do MORHAN Arthur Custódio, e o médico Robson Zanoli.


No programa, o público participa ao vivo pela web www.canalsaude.fiocruz.br, no chat, ou assistindo pela NBR e ligando 0800 701 8122. Se preferir, antecipe a participação pelo canal@fiocruz.br . Saiba quais as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na luta contra a hanseníase, e o que o Brasil tem feito para reduzir o número de casos no país.

Para saber como ver a NBR na sua cidade ou obter mais informações sobre a NBR, acesse ebcservicos.ebc.com.br/veiculos/nbr . Se preferir assistir o programa no site do Canal Saúde, acesse , clique na TV com a inscrição “ao vivo”.
Fonte: http://www.morhan.org.br/
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Dia Mundial de Combate à Hanseníase: Sesdec realiza ações no Piscinão de Ramos, Leme e Copacabana

No Dia Mundial de Combate à Hanseníase, 31/01, – celebrado no último domingo do mês de janeiro de cada ano –, a Gerência de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (Sesdec) levou a informação à praia. Técnicos e médicos especialistas de vários hospitais e universidades estiveram em tendas montadas no Piscinão de Ramos e nas Praias do Leme (na altura da Avenida Princesa Isabel) e de Copacabana (posto 6). Os profissionais tiraram dúvidas, distribuíram folhetos e orientaram a população.

Atualmente, o Rio de Janeiro conta com uma incidência de menos de dois mil novos casos de hanseníase por ano, o que quer dizer que o Estado conseguiu alcançar a meta proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS), um novo caso para cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2009, foram notificados no Estado 1.683 novos casos da doença, a maioria no Rio de Janeiro, São Gonçalo, Campos dos Goytacazes e cidades da Baixada Fluminense. Hoje, existem em tratamento 2.150 pacientes.
Fonte: http://www.saude.rj.gov.br/
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Um pouco da história do Hospital Padre Damião

VISTA EXTERNA DO LEPROSÁRIO DA COLÔNIA PADRE DAMIÃO - FOTO IRIS


TRABALHADORES EM FRENTE AO LEPROSÁRIO DA COLÔNIA PADRE DAMIÃO - FOTO IRIS


CONSTRUÇÃO DO LEPROSÁRIO DA COLÔNIA PADRE DAMIÃO - FOTO IRIS

Histórico


A Casa de Saúde Padre Damião - CSPD, localizada na Rodovia Ubá - Juiz de Fora km 06 no município de Ubá a 300 km de Belo Horizonte, foi criado em 1945, sendo chamado no início de Leprosário Padre Damião, uma homenagem ao belga Joseph de Veuster, nome de batismo do Padre Damião. O CSPD era vinculada a FEAL (Fundação Estadual de Assistência Leprocomanial) e passou para a FHEMIG em 1977, ano da criação da Fundação.

Quando foi inaugurada, a Casa de Saúde tinha a missão de prestar assistência aos hansenianos em regime de segregação social, de acordo com as diretrizes da época. Hoje, a CSPD é um centro de referência em atendimento a hanseníase e presta serviço de saúde aos usuários do SUS da microrregião de Ubá, através da regionalização da Unidade, com qualidade, humanização, resolutividade, garantindo a reabilitação e satisfação em nível de complexidade secundária. Além disso, é uma unidade regionalizada de referência em fisioterapia e reabilitação, com prevenção de incapacidades, com assistência em geriatria, pacientes fora de possibilidades terapêuticas.

Acesse: http://www.fhemig.mg.gov.br/
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Morhan de Juazeiro no Dia Mundial de Combate a Hanseníase

A realização de grande ação itinerante do MORHAN (Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase) no Bairro Triângulo superou todas as expectativas dos organizadores. O evento que ocorreu no último domingo, Dia Mundial do Portador de Hanseníase contou com total apoio do Departamento de Controle a Hanseníase e Tuberculose da Secretaria Municipal de Saúde.


Faustino Pinto, coordenador do MORHAN disse que foram realizados na Escola Zila Belém e em diversas ruas do Bairro Triângulo mais de cinco mil atendimentos. “Esse número não foi fechado ainda, mas é muito significativo e mostra que foram cinco mil pessoas recebendo informações sobre hanseníase e que se tornam agora agentes multiplicadores sobre a doença, formas de contágio e, principalmente que tem tratamento e cura”.

Durante a ação itinerante foram realizadas expedições de carteiras de trabalho e de identidade, recreação orientada com o pessoal do SESC/Juazeiro, cortes de cabelo apresentações com a gurizada do projeto Circo Escola da ONG Sangine, sopão solidário através do Mesa Brasil do SESC, palestras sobre saúde bucal e distribuição de kits e atendimento médico com Dr. Santana, Dra. Luciana, Dr. Erivan e Dr. Giovanni.
 
O Prefeito Dr. Santana disse que era motivo de orgulho estar em mais um movimento do MORHAN em Juazeiro. “Estou aqui como médico, como parceiro, fundador e incentivador do MORHAN. O Faustino e toda equipe, toda a nossa Secretaria de Saúde e as demais secretarias e os parceiros, estão de parabéns pela forma exitosa com que fazem essa mobilização, mas, principalmente a população que atendeu essa convocação e está aqui superlotando a Escola Zilá Belém”, afirmou Dr. Santana.
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domingo, 31 de janeiro de 2010

Você sabia?

1886 - Na Fazenda do Holandês foi construído o primeiro leprosário do país, batizado de Lazareto, que serviu de centro de triagem e quarentena para os passageiros enfermos que chegavam ao Brasil , mais especificamente nos casos de cólera, chegando a atender mais de quatro mil embarcações durante seus 28 anos de funcionamento.Parada obrigatória de navios negrei­ros, que ali deixam os escravos doentes. Também brancos com diferentes doenças contagiosas são mandados para o local. O imperador Dom Pedro II teve três passagens pelo Lazareto: Em abril de 1886, em agosto de 1889 e, logo em seguida na condição de prisioneiro onde aguardou o transporte que o levaria para o exílio.
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sábado, 30 de janeiro de 2010

Inauguração do núcleo do MORHAN em Italva: Lição de Vida - 29/08/2007

O município de Italva, no Estado do Rio de Janeiro, inaugura um núcleo do MORHAN no próximo dia 3 de setembro, às 19h. A iniciativa foi resultado do esforço de uma cidadã local. Luciene Bráz Pacheco, coordenadora do novo núcleo, é também idealizadora do Projeto Vida, cuja idéia ajudar as pessoas atingidas pela hanseníase no local, através de visitas domiciliares. "Temos como propósito ajudar os pacientes a voltarem à vida, daí o nome", explica.

Ex-portadora de hanseníase, Luciene diz ter se espelhado na própria experiência para criar esse novo espaço para o Movimento. Em Italva, ainda não há recursos para o tratamento para a doença, obrigando o usuário a sair do município para se curar. Os amigos e familiares da coordenadora se afastaram e logo veio a depressão. "Liguei para o Telehansen procurando ajuda. Muitas conversas depois, comecei a fazer visitas à sede. Participava do GAPPH*, que funcionou como uma terapia de grupo. Foi o que me ajudou a sair daquela tristeza". Recuperada, a moradora de Italva começou a sentir necessidade de ter um MORHAN mais próximo de sua residência. Freqüentadora da Igreja N. Sra. da Imaculada Conceição, se juntou aos padres Altemar e Antônio para continuar seu trabalho em prol dos hansenianos, fazendo visitas domiciliares a doentes. Luciene conta que esbarrou no preconceito dos próprios pacientes quando foi buscar assinaturas para a criação do núcleo. "Atualmente, temos 33 casos registrados aqui em Italva. Desses, só 17 concordaram em assinar o termo. O restante, com medo do preconceito, nem quis se identificar."

Mesmo sem a ajuda "oficial" da Prefeitura, o projeto foi tocado. A sede provisória do MORHAN Italva se localiza no Centro de Assistência Social do Sagrado Coração de Jesus (Av. Erivelto Alves Marinho, s/nº), no bairro de São Caetano - onde será a inauguração na próxima segunda-feira, às 19h. Para Luciene, o trabalho vale a pena, mesmo com todas as dificuldades. "O MORHAN mudou a minha história. Trouxe uma coragem que eu nem sabia que existia."

* Grupo de Apoio às Pessoas Atingidas Pela Hanseníase, é uma iniciativa do MORHAN - Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas Pela Hanseníasese. Os encontros acontecem toda a primeira segunda-feira de cada mês, às 14 horas, para discutir assuntos inerentes à hanseníase e construir propostas relacionadas.



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Hanseníase ao longo da história

Dos tempos bíblicos ao período moderno, a hanseníase foi descrita como uma doença que causava horror por conta da aparência física do doente não tratado – lesões ulcerantes na pele e deformidades nas extremidades e associada a estigma, os mais diversos. Esta marca de desonra fisicamente presente nas feridas e nos membros desfigurados do "leproso" e incorporada à sua identificação lançou a doença no lado mais obscuro da sociedade. Ela significou, ainda, ao longo de anos, exclusão do convívio social devido à única forma de tratamento existente até meados do século 20, que era o isolamento nos leprosários.
Este só passou a ser questionado a partir de duas premissas básicas: o avanço dos medicamentos quimioterápicos e a descoberta, através da pesquisa quantitativa e de laboratório, de que o isolamento não diminuía o número de casos. Até a década de 40 do século passado, a doença era tratada com óleo de chaulmoogra, medicamento fitoterápico natural da Índia, que era administrado através de injeções ou por via oral. Este medicamento, aliado ao isolamento, eram as formas de se tratar a hanseníase.

Com os avanços da indústria químico-farmacêutica e o emprego da sulfona no final da década de 1940 nos infectados internados, aliado ao avanço nas pesquisas laboratoriais que priorizavam conhecer a "vida" do bacilo e as possibilidades ou não de sua sobrevivência fora do meio humano, o isolamento mostrou aos pesquisadores que não era a maneira ideal de tratamento. (Historiadores da arte acreditam que o quadro descreve o rei bíblico Uzziah, que foi atingido pela hanseníase após usurpar a autoridade de um templo sagrado )

Na década de 1970 a Organização Mundial da Saúde recomendou o emprego da poliquimioterapia no Brasil e, paralelamente a isto, começou um movimento com o intuito de minimizar o preconceito e o estigma contidos no termo "lepra". Assim, oficialmente no país foi abolido o uso da palavra lepra e seus derivados, passando a ser designada como "hanseníase".
Na década de 80, com o término de uma ditadura de 20 anos e a busca da democracia, assim como a realização da 8ª Conferência Nacional de Saúde recuperando os direitos dos cidadãos, foi também o momento em que se perguntou o que fazer com os pacientes que ficaram décadas internados e isolados. Os leprosários tiveram o seu papel redefinido e muitos foram transformados em hospitais gerais, como é o caso do Hospital de Curupaiti, no Rio de Janeiro, e outros em centros de pesquisa, como é o caso do Sanatório Aymorés, que se transformou no Instituto Lauro de Souza Lima, em Bauru. Como forma de assegurar os direitos dos pacientes e atentar para o seu papel de cidadão, garantindo a sua reinserção social foi criado o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), que é um dos mais bem-sucedidos movimentos sociais no Brasil, com representação no Conselho Nacional de Saúde.
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Rádio Oásis FM abre espaço para o Morhan de Italva

Em uma programação de duas horas, em prol ao Dia Mundial de Combate a Haseníase (que está sendo trabalhado durante esta última semana de janeiro) os Coodenadores do Projeto Vida Morhan de Italva, esclareceram e informaram aos ouvintes da Rádio Oásis FM de Italva, os sintomas, tratamento e prevenção da Hanseníase, uma doença que até o ano de 2009 foram registrados 25 novos casos no município. Em busca de novas parcerias, o morhan de Italva estará no dia 18 de fevereiro traçando planos de trabalhos e agendando uma reunião com o prefeito do município.
Já foram enviados projetos em nome do morhan de Italva para as empresas Gerdau e Bradesco em busca de parcerias para a colaboração nos projetos que serão efetuados no município com às pessoas atingidas pela hanseníase. Com esta iniciativa do núcleo, os coordenadores acreditam que novas parcerias poderão chegar através do espaço concedido pela rádio comunitária do município.
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Conheça seus direitos!!!

No dia 24 de maio de 2007, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória 373, transformadora na lei 11.520/07, que istitui a pensão indenizatória para portadores de hanseníase que tenham sido submetidos à internação e isolamento compulsórios até dezembro de 1986. Esse gesto histórico vem resgatar uma dívida do Estado brasileiro para com esses cidadãos. Extremamente sensibilizado pelo projeto de lei do senador Tião Viana (PT-AC), que concede pensão especial de R$750,00 aos ex-hansenianos isolados e internados complusoriamente em colônias segregacionistas em todo o território nacional, o presidente Lula decidiu apressar a concessão do bebefício através da ediçãode uma medida provisória.
De caráter vitalício, pessoal e intransferível, a pensão vai beneficiar ex-internos, que passarão a receber R$750,00 por mês. O valor da pensão será pago por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e não impede o recebimento de qualquer outro benefício previdenciário.
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

BACURAU - exemplo de vida


Francisco Augusto Vieira Nunes (Bacurau) nasceu em 9 de dezembro de 1939, em Manicoré, às margens do rio Negro, Amazonas. Aos 5 anos, contraiu hanseníase. Em conseqüência do preconceito que sofria desde menino, a família de Bacurau, em 1949, deixa a cidade de Manicoré com destino a Porto Velho (RO).
Mas o preconceito não acabara por aí, aos 9 anos, Bacurau é matriculado em uma escola. No entanto, no final de seu primeiro dia de aula, a professora o encaminha para um hospital e novamente vem a público a doença.
Em 1953, Francisco é internado na Colônia Jayme Abenasthar, às margens da BR-364, em Rondônia. Deixa de ser Francisco, "vira" Bacurau, nome de um pássaro muito comum em sua cidade natal. Em 1957, Bacurau vai para Rio Branco (AC) morar com seu irmão Zuza. Em 1961, vai para a colônia Souza Araújo, no mesmo Estado, onde fica até 1977. Neste período, torna-se professor, juntamente com sua então esposa Zenaide. Bacurau foi prefeito nesta colônia, de 1967 a 1971.
Escritor, poeta, compositor, músico e filósofo, Bacurau escreve o livro "À margem da vida: num leprosário do Acre". Lançado pela Editora Vozes em 1978, a obra consagrou Bacurau como escritor, popularizando seu nome.
Dessa e de outras experiências de lutas em prol dos deficientes, surge a idéia de criar um movimento específico de pessoas atingidas pelo preconceito em relação à hanseníase. Surge então o Morhan, fundado em 6 de julho de 1981, que organizou estes excluídos, dando visibilidade a problemática gerada pela segregação, estigma e preconceito.
Durante toda a sua vida, Bacurau foi militante do Partido dos Trabalhadores (PT). Foi o mais votado dentro do partido. Na década de 90, divulga as idéias do Morhan (Movimento de Reintegração de Pessoas atingidas pela Hanseníase) no exterior.
Bacurau e o Morhan são exemplos de emancipação do povo brasileiro. Sua maneira de enfrentar a sociedade e ocupar seu espaço de direito era baseada no diálogo, na educação e no amor. Foi uma das pessoas que mais entendeu a sociedade e os seres humanos. Sabia ler gestos, vozes e olhares.

Fonte: Maria do Carmo Lara - Deputada Federal - Aposentadoria para os Ex-Portadores de Hanseníase
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Morhan de Italva agora com nova diretoria


No dia 18 de fevereiro de 2010, a equipe do Núcleo Projeto Vida Morhan de Italva, estará se reunindo às 19 horas para selecionar a nova diretoria que irá dar seqüência nos trabalhos realizados pelo projeto. Este ano envolveremos mais a comunidade através de um espaço na Rádio Comunitária do município onde informaremos sobre a hanseníase, sua origem, forma de contágio e outros, estaremos realizando também uma breve cerimônia com a presença da fundadora do Núcleo e a decisão do plano de trabalho para o ano de 2010, juntamente com a nova diretoria.
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É importante você saber!!!


É importante ressaltar que o paciente atingido pela hanseníase deixa de ser fonte de infecção duas semanas após ter iniciado o tratamento com os medicamentos que matam as bactérias.
Além disso, nem todos os tipos de hanseníase são contagiosos. A transmissão da Hanseníase se dá de uma pessoa infectada sem tratamento por gotículas da fala e que são inaladas por outras pessoas Penetrando o organismo pela mucosa do nariz. É necessário ressaltar que um hanseníase não é hereditária (que passa de pai para filho). Porém, a infecção Dificilmente acontece depois de um simples encontro social. O contato Deve ser íntimo e freqüente.
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Começa a semana muito bem: seja um parceiro do Projeto Vida


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Projeto Vida também zela pela sua amizade




"Quando olho para o passado, vejo meu destino concretizado. Quando olho para o futuro deslumbro as possibilidades infinitas. E ambos se encontram no meu eterno presente."
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Trabalhos realizados pelo Núcleo de Italva durante a gestão de 2009

Campanha realizada no CIEP 141 Vereador Said Tanus José - Italva / RJ


Encontro Nacional de Jovens do Morhan - O Núcleo de Italva também se fez presente


Tião Viana, apoiador do Movimento, no Encontro de Jovens em Brasília


Rádio Oásis FM 87,7 - parceira do Morhan de Italva

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Dia Mundial de Combate à Hanseníase

No dia 31 de janeiro de 2010, todos os núcleos afiliados ao Morhan estarão desenvolvendo em seus municípios um dia de conscientização sobre o método de combate à hanseníase, um mal que só em 2008, foram registrados 39 mil novos casos da doença. Hoje o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) é reconhecido nacionalmente com inúmeros núcleos espalhados pelo Brasil, só aqui em Italva, a diretoria do Núcleo Projeto Vida Morhan de Italva está formando a sua nova diretoria para essa gestão, que impenhará seus trabalhos em prol da reabilitação das pessoas atingidas no município de Italva.

O Brasil é um dos três países que não conseguiram cumprir a meta, firmada em 1991, de ter um caso da doença para cada 100 mil habitantes até 2005.

O Ministério da Saúde reconhece que a meta não foi cumprida, mas ressalta que isso não é importante e que a taxa de prevalência vem caindo desde 2007. Segundo dados do ministério, em 1994 foram registrados 3.055 casos em menores de 15 anos. Em 2007, foram 2.148.

Porém muitos dados são oferecidos mas poucas soluções encontradas, isso mostra que a força do Morhan juntamente com os seus núcleos tem grande importância no país, pois enquanto o lado de lá não busca uma solução viável, a gente do lado de cá, se empenha para fazer o melhor ao próximo.
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Saiba mais sobre a doença

-> Novos casos diagnosticados no mundo em 2008: 249 mil
-> Novos casos diagnosticados no Brasil em 2008: 39.047. O número equivale a mais de 1,6% de todos os novos casos.
-> Taxa de prevalência no Brasil em 2007: 21,94 casos para cada 100 mil habitantes.
-> Taxa recomendada pela OMS: até um caso para cada 100 mil habitantes.
-> Em 2006, o Brasil era líder de novos casos nas Américas: foram 44,4 mil dos 47,6 mil diagnosticados em 51 países.
-> O número de casos vem caindo no país. Em 1994, foram registrados 3.055 casos em menores de 15 anos. Em 2007, foram 2.148 em todo o Brasil.
-> A meta do Ministério da Saúde é diminuir a taxa de detecção em 10% entre 2009 e 2011.

Os 5 estados que mais registraram novos casos por 100 mil hab em 2007 foram


Mato Grosso 100,27

Tocantis 93,01

Rondônia 74,03

Maranhão 68,47

Pará 62,17

Os 5 estados que menos registraram novos casos por 100 mil hab em 2007 foram


Rio Grande do Sul 1,71

Santa Catarina 3,65

São Paulo 5,24

Distrito Federal 10,6

Minas Gerais 11,28

Fonte: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde
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sábado, 23 de janeiro de 2010

Saiba mais sobre a Hanseníase

A hanseníase, amplamente conhecida pela designação de “lepra”, parece ser uma das mais antigas doenças que acometem o homem. As referências escritas mais antigas datam de 600 a .C e procedem da Índia, que, juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da lepra. A doença era também conhecida dos antigos gregos, entre os quais era chamada de elefantíase. Na verdade, o termo lepra foi usado por Hipócrates, mas suas descrições indicam doenças da pele com lesões escamosas (leper = escamas), entre as quais certamente podem estar a psoríase e os eczemas crônicos, sem haver, porém menção às manifestação neurológicas da hanseníase. Durante a Idade Média, a hanseníase manteve alta prevalência na Europa e no Oriente Médio e a regra era isolar o doente da população sadia. Era ainda obrigado a usar vestimentas características que o identificavam como doente e fazer soar uma sineta para avisar os sadios de sua aproximação. Durante o período de colonização, a América Latina tornou-se, gradativamente, uma nova área endêmica mundial; ao mesmo tempo que a hanseníase tendia ao desaparecimento na Europa. Coube ao norueguês, Gerhardt Henrik Armauer Hansen, demonstrar, em 1873, a existência do Mycobacterium leprae , ou bacilo de Hansen, cuja presença identificou a partir de material obtido de lesões cutâneas de indivíduos acometidos pela doença. Sabendo-se que a hanseníase já foi endêmica em países tão frios como a Noruega, e que é justamente nas áreas mais quentes do planeta que se situam as nações mais subdesenvolvidas, deve-se antes estabelecer um relação entre a ocorrência de casos da doença e a situação sócio-econômica das populações, do que atribuir sua predominância a fatores climáticos.


A hanseníase não se trata apenas de uma doença infecciosa transmissível capaz de provocar lesões de pele, mas de uma patologia capaz de provocar incapacidades e deformidades relacionadas ao acometimento dos nervos periféricos quando não diagnosticada precocemente e que, responsáveis pelos tabus que envolvem a doença. A maioria da população, ao ser contaminada, oferece resistência ao M. leprae e não chega a adoecer, embora essa situação possa ser alterada em função da relação agente infeccioso / meio ambiente / indivíduo, ocorrendo o adoecimento de parcelas crescentes de indivíduos resistentes em áreas endêmicas (isto é, áreas onde a doença é freqüente na população). Nos indivíduos que adoecem, a infeçção evolui de maneiras diversas, de acordo com a característica da resposta imunológica do hospedeiro (o indivíduo que hospeda o bacilo). Se a resposta imunológica é competente, produz-se uma forma localizada e não contagiosa da doença; se essa competência não é efetiva, desenvolve-se uma forma generalizada e transmissível. Entre esses dois extremos, encontram-se formas intermediárias, refletindo um largo espectro de variações de resistência.

Por ser uma doença primariamente do sistema nervoso periférico (aquele que dá a sensibilidade e força muscular aos olhos, braços, pernas) e secundariamente a pele e outros tecidos, os sinais e sintomas da hanseníase podem ser: manchas ou lesões elevadas esbranquiçadas ou avermelhadas com sensação de “piniqueira”, queimação, ardência, ou mesmo sensação de coceira e em seguida evoluindo com dormência (perda de sensibilidade). Outras vezes placas, caroços vermelhos dolorosos, febre, dor nas articulações (juntas), inchaço nas pernas, obstrução nasal, etc. Além disso, dor em trajeto dos nervos que passam pelos cotovelos, punhos, atrás dos joelhos e tornozelos, com perda da função motora (diminuição da força) de mãos, pés e olhos (pálpebras).

Por ser uma doença infecciosa, transmissível pela vias aéreas superiores, principalmente pelo nariz (porta de entrada e saída), o importante é tratar o doente que está transmitindo a doença para eliminar a fonte de infecção. Portanto, logo após a primeira dose do tratamento específico da hanseníase, chamado poliquimioterapia, 99% dos bacilos do nariz são inativados, não sendo capazes de infectar outra pessoa.Quanto à mulher grávida que está com hanseníase, o bacilo não é transmitido ao feto, pela placenta. O importante é que a mulher seja tratada mesmo durante a gravidez, para que ela não transmita a doença para o bebê ao nascer, através da respiração. A hanseníase não contra-indica a amamentação que, ao contrário, deve ser incentivada pelos benefícios ao recém-nascido.

O diagnóstico é clínico, feito através do exame dermato-neurológico, que consiste em um exame minucioso da pele e palpação dos nervos periféricos situados no braços e pernas. Como não é uma doença no sangue, pois o bacilo gosta de temperatura mais fria para se multiplicar, a pesquisa do bacilo de Hansen é feita através de esfregaços cutâneos, por meio de um pequeno corte na pele dos lóbulos das orelhas, cotovelos e lesão (regiões frias do corpo). Além disso, para se confirmar o diagnóstico, pode ser feita biópsia (retirada de um pequeno fragmento) da lesão de pele. As formas clínicas da hanseníase são: Indeterminada (inicial), Tuberculóide (forma de resistência), Dimorfa (grupo intermediário) e Virchowiana (transmissível, avançada). Se os sinais e sintomas estiverem em trajeto de nervos, uma eletroneuromiografia pode ajudar a esclarecer o diagnóstico de hanseníase neural pura.
 
Enviado pela Profº. Drº. Isabela Maria Bernardes Goulart

Coordenadora do Centro de Referências Nacional em Dermatologia Sanitária e Hanseníase
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Testemunho da Fundadora do Projeto Vida Morhan de Italva, Luciene Braz

Me chamo Luciene Braz, tenho 38 anos, moro em Italva/RJ


Quando descobri a hanseníase, fiquei preocupada por que ela se manifestou através dos nervos e fiquei com sequeleas. Depois de um tempo, de depressão despertou em mim um desejo de ajudar outras pessoas atingidas pela hanseníase.

No começo foi difícil, por que no município onde moro, não encontramos grandes recursos para o tratamento, tive que várias vezes viajar para o Rio de Janeiro, pois lá tive grandes conhecimentos sobre a doença. Conheci o doutor Morvan Medina e o oftamologista Márcio Sued, que me auxiliaram durante todo o meu período que passei no Rio, além dos voluntários do Morhan Nacional.

Quando retornei para Italva pensei em montar um núcleo sobre a hanseníase, foi desse sonho que surgiu hoje o PROJETO VIDA MORHAN DE ITALVA, hoje com um ano, contamos com a ajuda de vinte voluntários, sendo oito da diretoria e eu como coordenadora do projeto.

Como sempre encontrei muitas dificuldades, pois começar um grande projeto como o Morhan, naquele tempo era muito difícil, mas tive a ajuda de meus familiares e amigos. Além de contar também com a imprensa local e a Igreja Católica na qual eu faço parte.

Que naquele tempo o Padre Alcemar e o Ministro da Eucaristia Ademir Cararine, me cederam uma sala improvisada para reunião mensal do Morhan.
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